Como alcançar o sucesso como mãe e profissional trabalhando de casa
– Você tem filhos?
– Pretende tê-los?
– Quem cuida dos seus filhos para você trabalhar?
Perguntas como essas, feitas por recrutadores e gestores de empresas para mulheres em ‘idade reprodutiva’, demonstram que, paradoxalmente, é no auge da sua fase mais produtiva, que muitas mulheres vivem o dilema de escolher entre a maternidade e a carreira.
Agora, imagine uma cena na qual uma profissional, que atualmente trabalha em home office, mãe de uma criança de 2 anos, é questionada pelo seu chefe se ela poderia trancar-se num quarto durante uma teleconferência “para não atrapalhar a reunião”.
O que muitas dessas mulheres vivem em suas carreiras, quando decidem ser mães, faz parte de uma realidade que exige a constante desconstrução da ideia de que os filhos são entraves para suas carreiras.
Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dá uma dimensão do impacto da pandemia no já conhecido desafio de conciliar maternidade e carreira:
- A queda na participação no mercado de trabalho tem afetado homens e mulheres durante a pandemia, mas foi mais intensa entre elas;
- Os dados mostram que mulheres que moram com crianças de até 10 anos foram as mais afetadas;
- As mulheres não só foram as que mais saíram do mercado de trabalho, como também as que pararam de procurar emprego, como consequência da necessidade de cuidar dos filhos que hoje estão em casa.
Desafios de quem gerencia a carreira, a casa e a maternidade
A realidade demonstra que cuidar dos filhos é uma responsabilidade que deveria ser compartilhada, porém, pais e mães vivem essa experiência de forma diferente, principalmente quando esses cuidados se misturam com o ambiente de trabalho.
A consultoria Filhos no Currículo, em parceria com o Movimento Mulher 360, realizou uma pesquisa para mapear as expectativas e a experiência de profissionais ao conciliar carreira e filhos antes, durante e depois da pandemia.
Foram ouvidos 825 pais e mães (sendo 80,33% mães, por maior interesse delas em responder à pesquisa) com filhos de 5 anos em média.
Uma das conclusões da pesquisa é que o puro exercício da parentalidade ajuda a pais e mães no desenvolvimento de habilidades que agregam aos seus currículos.
Segundo o estudo, 98% dos entrevistados desenvolveram alguma habilidade/soft skill profissional a partir do contato com os filhos – com destaque para paciência, tolerância, priorização, empatia e criatividade.
Obviamente que cada pessoa ou família vai ter experiências diferentes e, portanto, aprendizados distintos.
Outro ponto levantado pela pesquisa é que quase 60% dos entrevistados gostariam de continuar com o trabalho remoto após a pandemia, pois, a maioria acredita que o home office, mesmo disputando espaço com outras demandas domésticas, tem lhes proporcionado ganho de produtividade.
De fato, a pandemia desmistificou o trabalho remoto – e essa é uma boa oportunidade para quem busca por mais autonomia e flexibilidade de tempo para conciliar as atividades profissionais com a maternidade.
Conheça agora as histórias de algumas Assistentes Virtuais e mães, que nos contam como driblaram as dificuldades do mercado, e encontraram no trabalho remoto uma opção de carreira:
Paula Salazar, mãe da Bruna, de 7 anos, e da Larissa, de 10 anos
Bióloga por formação, Paula desenvolveu sua carreira na área comercial.
Na época em que trabalhava no regime CLT, seu maior desafio era o tempo longe das filhas, que passavam o dia integralmente em um berçário.
Em outubro de 2019, ela se desligou do seu último emprego e desde então atua como Assistente Virtual e busca conciliar sua rotina de trabalho com a das filhas.
“Para saberem quando podem falar comigo ou entrar no meu escritório, adotei a ideia da plaquinha na minha porta, onde sinalizo para elas se estou estudando, trabalhando ou em reunião, e daí já sabem se podem ou não me interromper.”
Outra tática adotada pela Paula, foi criar uma área de estudos para as meninas na sala, o que a permite acompanhá-las e, ao mesmo tempo, trabalhar de forma mais tranquila.
Ela ainda acredita que o que tem funcionado bem é reservar a agenda, respeitando certos compromissos diários, como, por exemplo, o momento de levá-las à escola.
Carla Castro, mãe da Alice, de 8 anos
Formada em Gestão de RH, Carla iniciou sua carreira como Assistente Virtual em 2019 e hoje concentra suas atividades na área de Social Media.
Após passar pela perda precoce do marido, em 2016, ela viu a necessidade de se estabelecer em um trabalho no qual pudesse ter a filha por perto, mesmo contando com o apoio da sua mãe.
Hoje, apesar dela considerar ser o auge do seu negócio, com muito mais demandas para administrar, sua rotina familiar tem sido bastante desafiadora.
Atualmente, dividir as tarefas domésticas com seu atual marido tem sido seu grande trunfo, onde ela procura priorizar algumas atividades, como o acompanhamento das aulas on-line da filha.
“Procuro fazer uma lista com demandas de dois dias. Com isso, me sinto segura no caso de algum imprevisto. Incluí também a prática de exercícios físicos em casa, pois eles fazem diferença na minha produtividade e humor”.
Débora Rodrigues, mãe do Moisés de 6 anos
Estudando Tecnologia em Empreendedorismo, a última experiência da Débora no regime CLT foi como recepcionista de uma clínica médica.
Seu maior desafio, segundo a empreendedora, é não poder contar com uma rede de apoio, já que reside em uma cidade onde não possui familiares por perto.
Atuando como Assistente Virtual desde julho de 2020, Débora ainda se considera numa fase de adaptação ao trabalho remoto, buscando conciliar seu trabalho com outras demandas do dia a dia.
“É preciso ter paciência e consciência de que ninguém consegue realmente dar conta de tudo. E o importante é não se comparar com outras mães.”
Assistência Virtual é a profissão de quem presta serviços de vários tipos pela internet – diretamente de sua casa – tendo flexibilidade de horários, garantindo liberdade sobre sua rotina e mais autonomia sobre sua renda!
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